Crianças com dislexia têm dificuldade em diferenciar a língua falada de outros ruídos | ||||||
Segundo neurocientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, a raiz do problema está no tronco encefálico: em crianças disléxicas essa área aparentemente não reage bem. Os pesquisadores estudaram 30 crianças com idade entre 8 e 13 anos, das quais metade sofria de distúrbios de leitura. Os participantes assistiram a um filme escolhido por eles ao mesmo tempo que ouviam a sílaba “da” no fone de ouvido. Com a ajuda de eletrodos os pesquisadores registraram a atividade cerebral das crianças. Em um segundo teste, os voluntários repetiam frases inteiras que lhes eram ditas, e o volume do barulho que estava ao fundo, usado para distraí-los, aumentava gradativamente. Os resultados foram os esperados: apesar de todas as crianças terem se concentrado no filme, o cérebro dos voluntários sem distúrbios percebeu a sílaba pronunciada com grande exatidão, fato percebido pela linearidade do padrão no eletroencefalograma (EEG). Em crianças com dislexia, esse sinal não ocorreu e o desempenho no segundo teste foi pior do que nas demais. O tronco encefálico funciona como primeiro ponto de conversão de sinais acústicos depois que o ouvido interno transformou as ondas sonoras em impulsos elétricos. Crianças disléxicas aparentemente têm nesse estágio inicial do processamento sensorial problemas relevantes para diferenciar a fala de outros ruídos ambientes, explica o neurocientista Bharath Chandrasekaran, coordenador do estudo. Essas descobertas podem explicar o resultado de outros estudos que demonstraram que a dislexia muitas vezes surge associada a uma percepção acústica ruim da fala. Os pesquisadores sugerem que os professores podem ajudar crianças com esse distúrbio: alunos disléxicos deveriam sentar-se na frente do professor para acompanhar melhor a explicação e, em casos mais graves, usar aparelho auditivo adaptado. Revista Viver Mente e Cérebro |
sábado, 30 de abril de 2011
Que som é esse?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Os maiores mitos sobre o cérebro dos adolescentes
Nas últimas duas décadas, os cientistas conseguiram mapear as mudanças neurais verificadas ao longo desse período central do desenvolvimento...
-
As práticas pedagógicas nas escolas públicas do Império incluíam castigos físicos e até uma “prisão-solitária” para encarcerar os alunos fal...
-
Na dança e na educação: o círculo como princípio Luciana Esmeralda Ostetto Universidade Federal da Santa Catarina RESUMO Articulando dança e...
Nenhum comentário:
Postar um comentário