quarta-feira, 21 de março de 2012

Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência

O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo

Márcio Ferrari

Paulo Freire
Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Revista Nova Escola

2 comentários:

  1. Amigo Eduardo,
    primeiramente quero agradecer seu carinho e retribuindo.
    Bem, se você leu minhas postagens, faço minhas homenagens à classe mais admirada, pois sem eles, ninguém nada seria. O ensino se inicia nos primeiros dias de vida pelos pais e depois precisamos entregar a profisionais para que as mentes se abram para o conhecimento e para o mundo.
    Classe que tenho profundo respeito.
    Sua postagem, felizmente, mostra os ideias de um grande batalhador da educacão brasileira.
    Apenas sinto que essa classe esteja tão desvalorizada, pois é mais que quaquer rebolado que aparece na mídia diariamente, idolatrada e com cachês altíssimos. Não que, talvez, alguns não mereçam, mas esta séria e valiosa profissão deveria ser melhor remunerada.
    Penso que não queremos que os outros ganhem menos, mas os professores deveriam perceber honorários melhores, além do respeito e das reverências, pelo justo mérito que a eles devemos.
    Poucos se entregam aos ideais da educação, como Paulo Freite, mas sei que muitos se entregam à profissão como dedicação e amor.
    Reconhecimento por Paulo Freire é internacional, pena que no país não haja tanta valorização.
    Obrigada por compartilhar o texto.
    Abraços

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  2. OLÁ,
    Estive ausente pela Quaresma...

    "Renovar
    Perdoar
    Esquecer
    Corações aquecer!!!"
    (Orvalho do Céu)

    Páscoa é:


    "Coragem é a resistência ao medo,
    domínio do medo,
    e não a ausência do medo."
    (Mark Twain )

    SAIR DO PRÓPRIO TÚMULO

    Jesus libertou-me... enviou-me anjos para me soltar das amarras que me prendiam...

    Apóstolo Pedro: “precisamos dar razões que justifiquem a nossa Esperança” (1Ps 3,15).

    FELIZ PÁSCOA PARA TODOS NÓS!!!
    Abraços fraternos de paz

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