Assim não dá! Usar a TV na Educação Infantil sem propósito
Beatriz Santomauro (bsantomauro@abril.com.br). Com reportagem de Rita Trevisan
Exibir os programas comerciais, que poderiam ser vistos pelos pequenos em casa e sozinhos, não é papel das instituições de Educação Infantil. Sua função é, antes de mais nada, propor atividades que acrescentem informações variadas às crianças. Por isso, a TV deve servir para passar filmes e seriados que não estejam ao alcance da maioria e ser uma ferramenta de aprendizagem.
Para aproveitar o instrumento como parceiro na creche ou na pré-escola, o educador precisa garantir que aquela programação faça parte da proposta pedagógica. Para orientar se a escolha vale ser feita, alguns pontos podem ser levados em conta: o filme exibido às crianças é de qualidade? Qual mediação será feita para que os pontos de interesse sejam bem explorados? O tempo de exibição para atingir os resultados esperados está apropriado ou exagerado? Qual o efeito educativo daquela atividade? E seu objetivo?
Tendo essas preocupações em mente, e articulando esse material a outras linguagens, como contação de histórias, artes visuais, teatro e música, a TV entra como um dos possíveis elementos de apoio - e não o único a ser usado.
Passar o mesmo filme dezenas de vezes para agradar as crianças, que gostam de repetições, pode ser uma armadilha. Se o professor não colabora para o aumento de repertório de conhecimentos da turma, acrescentar a TV na rotina passa a ser uma perda de tempo.
Consultoria Ana Paula Soares da Silva, pesquisadora do Centro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil (Cindedi) da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, SP.
Revista Nova Escola
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