Deborah Deutsch Smith
Oferecer aos novos educadores o conhecimento de que necessitam para proporcionar uma excelente educação aos alunos portadores de deficiências e também para ter paixão por oferecer oportunidades para esses aprendizes e fazer diferença é o que a educadora americana Deborah Deutsch Smith almeja com o seu trabalho. Professora de educação especial e autora de livros como Introdução à educação especial: ensinando na era da oportunidade, que acaba de ser lançado no Brasil pela Artmed, Deborah Smith é também professora na Claremont Graduate University, Califórnia, e diretora do Iris Center for Training Enhancements, centro nacional financiado pelo governo dos Estados Unidos que fornece gratuitamente recursos didáticos sobre práticas eficazes para uma educação inclusiva.
No final da entrevista concedida à Pátio por e-mail, Deborah Smith revelou um desejo: "Talvez algum dia eu possa visitar o Brasil e mostrar todos os recursos disponíveis no site do Iris Center (iris.peabody.vanderbilt.edu). Também desejo compartilhar com vocês de que modo eles estão sendo usados para suplementar livros-texto como o meu e estão sendo utilizados em atividades de desenvolvimento profissional em escolas". Por enquanto, conheça algumas de suas idéias lendo os principais trechos da entrevista.
Quais são os dilemas da educação especial hoje? Como esses dilemas têm-se modificado nas últimas décadas?
Um dilema que continuamos enfrentando nos Estados Unidos é que os professores e diretores das escolas de educação em geral dizem que não se sentem preparados para incluir alunos com deficiências. Eles dizem que carecem das habilidades de gerenciamento do comportamento e de sala de aula necessárias e que não sabem como individualizar ou diferenciar o ensino para aprendizes que têm dificuldades. Esse impasse não mudou desde que a lei de educação especial foi aprovada e continua sendo um desafio. Outro dilema diz respeito a acompanhar o conhecimento sempre crescente sobre práticas eficazes para a educação inclusiva. Sabemos mais sobre o que funciona. A promessa de práticas validadas ou baseadas em pesquisa para a escolaridade urbana é muito boa. Ações em múltiplos níveis para intervir precocemente, evitar muitos anos de fracasso e ajudar aprendizes com dificuldades no nível que necessitam estão produzindo ótimos resultados. Os educadores precisam sentir-se confiantes e utilizar novos métodos. No livro Introdução à educação especial, incluí todas essas novas informações e espero que de alguma forma o conteúdo e os recursos especiais, tais como Dicas para Manejo em Sala de Aula, Dicas de Instrução e Práticas Validadas, sirvam para ajudar os professores a fazer diferença em seu ensino para melhorar os resultados de todos os alunos.
De que forma a diversidade de alunos tem tornado mais complexa a tarefa de ensinar?
Nos Estados Unidos, existem cada vez mais alunos oriundos de países onde não se fala inglês. Em alguns distritos escolares, mais de cem idiomas diferentes são falados pelas famílias desses alunos. A comunicação entre lar e escola é difícil. Ensinar inglês a esses alunos também é um desafio. Muitos deles são mandados para a educação especial. É difícil ensinar alunos de tantas culturas diferentes, que falam idiomas tão diversos, e ao mesmo tempo focalizar altos padrões no domínio de conteúdos. Essa situação pode exigir demais de todo o sistema escolar.
Quais são as dificuldades mais freqüentes entre os professores na inclusão de alunos com necessidades especiais e como enfrentá-las?
Como eu disse, é importante que os professores estejam informados sobre práticas eficazes, saibam como individualizar o ensino e também como monitorar o progresso dos alunos individualmente para assegurar que cada criança esteja recebendo o ensino correto. Os professores precisam trabalhar em colaboração, precisam de tempo para planejar e trabalhar juntos e precisam que seus diretores lhes proporcionem isso. Quando tudo funciona direito, todos os alunos prosperam.
Como a formação dos professores precisa adequar-se para atender às diferentes possibilidades de inclusão?
Todos os dias, pesquisas rigorosas informam-nos sobre como aperfeiçoar o ensino e aumentar a aprendizagem dos alunos. Estamos aprendendo a apoiá-los e auxiliar aqueles que mais precisam a aprender a ler e calcular assim que apresentam sinais de dificuldades. Também estamos aprendendo sobre como oferecer apoio ao comportamento na escola em geral para que o ambiente de aprendizagem seja o mais favorável possível. Manter-se atualizado significa que o corpo docente precisa estar a par dessas novas descobertas e garantir que a próxima geração de professores seja bem-informada e tenha as habilidades necessárias. Mas significa também que os professores devem receber bom treinamento profissional para estar atualizados e atender às necessidades de seus alunos.
Revista Patio
Oferecer aos novos educadores o conhecimento de que necessitam para proporcionar uma excelente educação aos alunos portadores de deficiências e também para ter paixão por oferecer oportunidades para esses aprendizes e fazer diferença é o que a educadora americana Deborah Deutsch Smith almeja com o seu trabalho. Professora de educação especial e autora de livros como Introdução à educação especial: ensinando na era da oportunidade, que acaba de ser lançado no Brasil pela Artmed, Deborah Smith é também professora na Claremont Graduate University, Califórnia, e diretora do Iris Center for Training Enhancements, centro nacional financiado pelo governo dos Estados Unidos que fornece gratuitamente recursos didáticos sobre práticas eficazes para uma educação inclusiva.
No final da entrevista concedida à Pátio por e-mail, Deborah Smith revelou um desejo: "Talvez algum dia eu possa visitar o Brasil e mostrar todos os recursos disponíveis no site do Iris Center (iris.peabody.vanderbilt.edu). Também desejo compartilhar com vocês de que modo eles estão sendo usados para suplementar livros-texto como o meu e estão sendo utilizados em atividades de desenvolvimento profissional em escolas". Por enquanto, conheça algumas de suas idéias lendo os principais trechos da entrevista.
Quais são os dilemas da educação especial hoje? Como esses dilemas têm-se modificado nas últimas décadas?
Um dilema que continuamos enfrentando nos Estados Unidos é que os professores e diretores das escolas de educação em geral dizem que não se sentem preparados para incluir alunos com deficiências. Eles dizem que carecem das habilidades de gerenciamento do comportamento e de sala de aula necessárias e que não sabem como individualizar ou diferenciar o ensino para aprendizes que têm dificuldades. Esse impasse não mudou desde que a lei de educação especial foi aprovada e continua sendo um desafio. Outro dilema diz respeito a acompanhar o conhecimento sempre crescente sobre práticas eficazes para a educação inclusiva. Sabemos mais sobre o que funciona. A promessa de práticas validadas ou baseadas em pesquisa para a escolaridade urbana é muito boa. Ações em múltiplos níveis para intervir precocemente, evitar muitos anos de fracasso e ajudar aprendizes com dificuldades no nível que necessitam estão produzindo ótimos resultados. Os educadores precisam sentir-se confiantes e utilizar novos métodos. No livro Introdução à educação especial, incluí todas essas novas informações e espero que de alguma forma o conteúdo e os recursos especiais, tais como Dicas para Manejo em Sala de Aula, Dicas de Instrução e Práticas Validadas, sirvam para ajudar os professores a fazer diferença em seu ensino para melhorar os resultados de todos os alunos.
De que forma a diversidade de alunos tem tornado mais complexa a tarefa de ensinar?
Nos Estados Unidos, existem cada vez mais alunos oriundos de países onde não se fala inglês. Em alguns distritos escolares, mais de cem idiomas diferentes são falados pelas famílias desses alunos. A comunicação entre lar e escola é difícil. Ensinar inglês a esses alunos também é um desafio. Muitos deles são mandados para a educação especial. É difícil ensinar alunos de tantas culturas diferentes, que falam idiomas tão diversos, e ao mesmo tempo focalizar altos padrões no domínio de conteúdos. Essa situação pode exigir demais de todo o sistema escolar.
Quais são as dificuldades mais freqüentes entre os professores na inclusão de alunos com necessidades especiais e como enfrentá-las?
Como eu disse, é importante que os professores estejam informados sobre práticas eficazes, saibam como individualizar o ensino e também como monitorar o progresso dos alunos individualmente para assegurar que cada criança esteja recebendo o ensino correto. Os professores precisam trabalhar em colaboração, precisam de tempo para planejar e trabalhar juntos e precisam que seus diretores lhes proporcionem isso. Quando tudo funciona direito, todos os alunos prosperam.
Como a formação dos professores precisa adequar-se para atender às diferentes possibilidades de inclusão?
Todos os dias, pesquisas rigorosas informam-nos sobre como aperfeiçoar o ensino e aumentar a aprendizagem dos alunos. Estamos aprendendo a apoiá-los e auxiliar aqueles que mais precisam a aprender a ler e calcular assim que apresentam sinais de dificuldades. Também estamos aprendendo sobre como oferecer apoio ao comportamento na escola em geral para que o ambiente de aprendizagem seja o mais favorável possível. Manter-se atualizado significa que o corpo docente precisa estar a par dessas novas descobertas e garantir que a próxima geração de professores seja bem-informada e tenha as habilidades necessárias. Mas significa também que os professores devem receber bom treinamento profissional para estar atualizados e atender às necessidades de seus alunos.
Revista Patio
Nenhum comentário:
Postar um comentário